Dói pensar que amanhã você pode encontrar uma nova razão para sorrir.

Você pode ler esse texto ao som de "Take Me to Church"

Dói pensar que amanhã você pode encontrar uma nova razão para o seu sorriso, e sinceramente, eu espero que isso demore tempo bastante para te esquecer. Dói pensar no que poderia ser e não foi. Dói quando eu lembro daquela olhadinha de lado que você lançava acompanhado do sorrisinho de canto toda vez que eu dizia que você não ia conseguir, e você mostrava que eu estava errada. E eu gostava de estar errada todas as vezes só para ver você fazendo a mesma coisa. Já disse que sinto a sua falta? E isso dói. Dói mais do que a cólica que senti hoje ao acordar e, olha, eu preferia sentir isso o dia inteiro do que sentir saudades. Porque a saudade é aquele aperto no peito que da sempre que queremos reviver um momento especial, e nós tivemos tantos momentos especiais que essa saudade acaba me socando a cara com todas as forças que ela pode ter. E dói. Caralho como dói!! 

Sério, eu juro que evito ficar pensando nisso o tempo inteiro, mas ainda tem tanto de você aqui que isso se torna praticamente inevitável. E eu queria que esse tanto de você continuasse em mim, em nós, nos nossoas dias e na maneira como você segurava a minha mão. Eu gostava. Gostava de saber que você estava ali, me segurando, que eu podia contar com você e contar tudo para você. Aos poucos e cada vez mais você ia se tornando o meu melhor amigo, e eu gostava da maneira como a gente levava isso tudo. E dói saber que hoje corremos o risco de se tornar "desconhecidos". Sempre fui de me acostumar fácil com mudanças, mas não me acostumei com a nossa mudança. De repente nossa vida virou de cabeça pra baixo e eu me vi perdida no meio dessa confusão toda. 

Dói sempre que você me chama pelo nome e não pela maneira como tratavamos um ao outro, chega a ser estranho tudo isso porque eu não consigo mais te chamar pelo nome e fico olhando pra tela do celular e pensando em como me referir a você. Dói não receber o seu "bom dia linda", não conversar com você até as 2 da manhã e não receber a sua mensagem de "estou na porta". E essa era a melhor mensagem que eu recebia sempre. 

Dói essa ausência, esse silêncio, essa distância, dói não poder compartilhar meus dias contigo quando o que eu mais queria era poder te contar que amanhã vou conhecer um lugar incrível e que eu tenho certeza que você iria gostar. Dói sentir sua falta porque eu ainda te sinto em mim, porque eu queria que você ficasse, que me abraçasse e dissesse "não vou pra lugar nenhum sem você"; e não vai mesmo não, me leva contigo, eu prometo não dar muito trabalho e se eu incomodar manda eu dar uma volta enquanto você esfria a cabeça, mas quando eu voltar me abraça e não me solta não. 

Não desista tão fácil assim da gente, eu sei que no fundo você até gosta desse meu jeito meio estabanada que sempre fala o que vem a cabeça. Eu pelo menos fazia você rir, e eu gostava até do seu sorriso. Mas você disse que precisava de um tempo, eu disse "tudo bem, eu te entendo", e depois de algum tempo você até voltou, verdade, mas voltou aos pedaços, não por inteiro, e eu fiquei me perguntando se isso valeria mesmo a pena, você disse "estou aqui", mas eu não conseguia te sentir. E mais uma vez você se foi, e o machucado que estava cicatrizando voltou a arder, e eu me perguntei porque você fez aquilo tudo se não pretendia ficar. Sei lá, algumas paixões não são para dar certo mesmo.

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